Dos casos notificados, 10 foram confirmados laboratorialmente. Nas últimas 24 horas registaram-se igualmente duas novas mortes, ambas no município do Dande, na província do Bengo, sendo uma delas extra-hospitalar.

O MINSA informa que há sete amostras em processamento no Laboratório Nacional de Referência do INIS, sendo duas do município do Cacuaco, uma do município de Mulenvos e uma do município de Viana, na província de Luanda; uma do município de Calumbo, na província de Icolo e Bengo e duas do município do Dande, na província do Bengo.

Na terceira semana epidemiológica de 2025 foi registado um cumulativo de 383 casos, com idades compreendidas entre os dois e os 73 anos, dos quais 187 (49,0%) do sexo masculino e 196 (51,0%) do sexo feminino.

Desde a confirmação do surto, ocorreram 22 óbitos, dos quais 17 no município do Cacuaco e dois no município de Viana na província de Luanda; dois no município do Dande e um no Panguila, na província do Bengo;

Estão internadas 27 pessoas: 13 no Hospital Municipal do Cacuaco, oito no Hospital Geral Heróis de Quifangondo, quatro no Hospital Geral do Bengo, uma na Clínica Sagrada Esperança e uma no Hospital Josina Machel.

Uma avaria nos Sistema de Tratamento e Distribuição está a provocar restrições do fornecimento de água potável nas províncias de Luanda e Icolo e Bengo, o que dificulta ainda mais a prrevenção da doença. Segundo a EPAL, as equipas estão no terreno para tentar solucionar o problema.

Quanto à qualidade da água que está a ser consumida nos últimos dias nestas duas províncias, um dos administradores da EPAL, Kelson Domingos, em declarações à Rádio Nacional de Angola, garante que estão a ser implementadas medidas de reforço para responder os padrões exigidos.

O Ministério da Saúde recomenda à população que adopte medidas de prevenção que minimizem o risco de contaminação e transmissão desta doença diarreica aguda, causada pela ingestão de alimentos ou água contaminados e que rapidamente progride, com um período de incubação curto, que varia de duas horas a cinco dias, e se transmite de uma pessoa contaminada para outra pessoa saudável através do contacto com mãos sujas ou com vómitos de pessoa doente ou com superfícies contaminadas., nomeadamente lavar frequentemente as mãos e manter a higiene pessoal de toda a família; tratar a água para beber, colocando sempre cinco gotas de lixívia por cada litro de água, e depois esperar 30 minutos antes de a beber.

Ferver a água de beber durante 20 minutos, lavar bem as frutas e os legumes com água fervida ou água tratada com lixívia; cozinhar bem os alimentos e guardá-los bem tapados.

As medidas incluem igualmente não defecar ao ar livre, usar sempre latrina ou casa de banho, manter a latrina ou a casa de banho sempre limpas e desinfectadas, manter a casa, o quintal e o bairro sempre limpos.

Em caso de suspeita de cólera, antes de levar o doente para a Unidade Sanitária mais próxima, dê-lhe muitos líquidos ou o soro caseiro, preparando um litro de água fervida e colocando uma colher de sopa de açúcar e uma colherinha de chá de sal. Agite bem antes de dar a beber.

Por fim, o Ministério da Saúde solicita que, em caso de suspeita de cólera, os cidadãos se dirijam à unidade de saúde mais próxima da sua residência.